Qualis Capes 2023: o que muda com a nova classificação?
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Em um mundo cada vez mais conectado, o acesso à informação nunca foi tão essencial. A popularização do conhecimento científico desempenha um papel crucial na construção de uma sociedade bem informada, capaz de tomar decisões embasadas e combater a desinformação. No entanto, vivemos uma era em que fake news e movimentos anticiência ameaçam a credibilidade de descobertas científicas e dificultam a confiança do público na ciência. Nesse cenário, tornar a ciência mais acessível e compreensível é fundamental para aproximar pesquisadores, tomadores de decisão e a população em geral [1]. Neste post, vamos explorar como a popularização da ciência pode transformar nossa relação com o conhecimento e como iniciativas nesse sentido têm impacto direto na construção de um futuro mais sustentável.
A popularização da ciência, também conhecida como popular science ou PopSci, refere-se ao esforço de comunicar descobertas científicas de maneira acessível e clara para o público leigo. Essa prática surgiu como uma resposta à necessidade de aproximar a ciência das pessoas, mostrando como ela influencia e é influenciada pela sociedade [2].
Iniciativas como feiras científicas, programas de rádio e interações de cientistas nas plataformas digitais desempenharam um papel importante em levar a ciência para além das fronteiras acadêmicas. Com o avanço da tecnologia e o surgimento das redes sociais, novas ferramentas transformaram a maneira como a ciência é apresentada, permitindo maior alcance e interatividade. Atualmente, a popularização da ciência é vista como uma ponte essencial para promover a compreensão pública de temas complexos, desde pandemias até mudanças climáticas [1, 3].
Apesar dos avanços, a comunicação científica ainda enfrenta barreiras significativas. O uso excessivo de jargões e a falta de estratégias eficazes para engajar diferentes públicos limitam o alcance das mensagens dessa área. Além disso, a crescente disseminação de informações falsas aumenta a desconfiança em relação à ciência, tornando ainda mais desafiador o papel de cientistas. Nesse sentido, torna-se imprescindível que pesquisadores se empenhem em desenvolver abordagens que conectem a ciência ao cotidiano das pessoas, mostrando sua relevância e seu impacto direto na sociedade [2].
A popularização da ciência enfrenta diversos desafios que limitam seu alcance e sua eficácia. No Brasil, a disseminação de fake news é um problema significativo: quatro em cada dez brasileiros afirmam receber notícias falsas diariamente [4]. Além disso, quase 90% da população admite já ter acreditado em conteúdos falsos [5]. Uma pesquisa realizada pelo MIT Sloan School of Management demonstrou que essas informações manipuladas se espalham seis vezes mais rápido que notícias verdadeiras, atingindo até 1.500 vezes mais pessoas em um curto período [1]. Esse fenômeno compromete seriamente a confiança pública no processo e nas descobertas do mundo científico.
Outro desafio é o uso exagerado de jargões na comunicação científica. Um estudo revelou que a presença de jargão reduz a compreensão das informações e diminui em 12% o apoio público à adoção de novas tecnologias [6]. Isso ocorre porque o público leigo enfrenta dificuldades para interpretar conceitos complexos, levando a maior resistência e menor engajamento em questões científicas.
Além disso, há um crescente movimento anticiência, muitas vezes financiado por interesses econômicos. A indústria de petróleo e carvão, que arrecada trilhões de dólares globalmente, investe cerca de 200 milhões de dólares por ano em lobbying, buscando influenciar legislações e descreditar a ciência em debates ambientais e energéticos [1]. Esse tipo de ação alimenta a desinformação e dificulta a implementação de políticas públicas baseadas em evidências.
A popularização da ciência desempenha um papel fundamental no engajamento da sociedade em decisões públicas. Ao tornar informações complexas mais acessíveis, a compreensão de temas como saúde e meio ambiente fica facilitada, permitindo que o público participe ativamente de políticas públicas. Campanhas de vacinação, por exemplo, são exemplos claros de como a comunicação científica eficaz pode salvar vidas e mobilizar populações para o bem coletivo [2, 6].
Iniciativas de divulgação, como documentários e eventos interativos (por exemplo, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia) [7], aproximam a ciência do cotidiano das pessoas, inspirando futuras gerações e reforçando sua importância. Essa valorização da ciência não só estimula o apoio público a projetos científicos, mas também incentiva o financiamento de pesquisas que contribuem para o avanço da sociedade.
Redes sociais também desempenham um relevante papel na divulgação científica. Plataformas como Instagram, YouTube e TikTok têm sido amplamente utilizadas por cientistas e comunicadores para transformar conceitos complexos em conteúdos visuais atrativos e de fácil entendimento [2]. A popularização digital alcança milhões de pessoas e amplia o impacto da ciência na sociedade.
PopSci é uma ferramenta poderosa para conectar pesquisadores e sociedade, permitindo debates conscientes sobre temas relevantes. Apesar dos desafios, como a disseminação de fake news e o uso excessivo de jargões, iniciativas criativas e plataformas digitais têm demonstrado que é possível engajar públicos diversos, promovendo a curiosidade científica e fortalecendo a confiança na ciência.
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1. Artaxo P. A quem interessa atacar a ciência? E por quê [Internet]. Jornal da USP. 2019 [2025]. Disponível em: https://jornal.usp.br/?p=227422.
2. Fuentes A. We need better and more PopSci by scientists. Science. 2024 Jul 19;385(6706). https://doi.org/10.1126/science.adq8026
3. Piccoli M, Stecanela N. Popularização da ciência: uma revisão sistemática de literatura. Educação e Pesquisa. 2023 Jan 1;49. https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349253818
4. Guimarães P, Rodrigues C. 4 em cada 10 brasileiros afirmam receber fake news diariamente [Internet]. CNN Brasil. 2022 [2025]. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/4-em-cada-10-brasileiros-afirmam-receber-fake-news-diariamente/
5. Mello D. Quase 90% dos brasileiros admitem ter acreditado em fake news [Internet]. Agência Brasil. 2024. Disponível em: https://encurtador.com.br/YkoBR
6. Bullock OM, Colón Amill D, Shulman HC, Dixon GN. Jargon as a barrier to effective science communication: Evidence from metacognition. Public Understanding of Science. 2019 Jul 28;28(7):845–53. https://doi.org/10.1177/0963662519865687
7. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Por que popularizar? [Internet]. Govbr. Disponível em: https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/popularizacao-da-ciencia/por-que-popularizar
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