Aprenda a elaborar uma apresentação de pôster científico
A apresentação de pôster é um evento simples, mas que exige bastante preparo. Confira as dicas da ATLAS e arrase na divulgação da sua pesquisa!
O assunto que nós vamos abordar hoje é chato, mas não deve ser evitado: a rejeição de artigos científicos. Obviamente, ninguém gosta de receber um “não”. No entanto, a partir da negativa, nós podemos aprender muitas coisas e amadurecer enquanto pesquisadores.
Sabe por quê? Ao submeter um artigo a uma revista científica, ele será julgado por, no mínimo, três pessoas: uma dupla de avaliadores e o editor do periódico.
Se após esse processo seu estudo for reprovado, é hora de colocar o ego na mala e fazer uma boa autoavaliação. De maneira alguma pense nisso como falta de capacidade. É muito provável que todos os cientistas colecionem uma série de “nãos” ao longo da carreira.
Ser reprovado não mede seu potencial e a boa notícia é que você pode evitar isso, não cometendo uma série de erros que vamos te contar logo mais.
Vamos descobrir quais são?
Após a submissão em um periódico, os artigos científicos passam pelo double blind review, também conhecido como “avaliação cega por pares”. Durante o processo, dois avaliadores farão uma análise anônima de seu paper.
O anonimato é uma ferramenta de confiabilidade, pois garante que todas as pesquisas recebam o mesmo tratamento. Por esse motivo, é imprescindível que você remova os dados de autoria durante essa etapa.
Após a análise criteriosa, os pareceres podem ser de aprovação ou de reprovação do artigo científico. Há ainda o parecer inconclusivo ou empate e, nesse caso, a opinião de outro avaliador pode ser solicitada.
Ah! A título de curiosidade, a maior parte dos avaliadores são colaboradores voluntários indicados ou convidados pela equipe editorial da revista.
O ponto fundamental para a aprovação ou a reprovação de artigos é a presença de rigor científico. A consistência da sua pesquisa será avaliada pelos critérios a seguir:
Em primeiro lugar, é preciso salientar que a cópia sem indicação de autoria é crime de roubo de propriedade intelectual.
Para descobrir se um estudo ou parte dele foi plagiado, é muito fácil. Existem diversas ferramentas, pagas e gratuitas, que permitem fazer uma varredura em busca de produções semelhantes.
Não se esqueça que aproveitar o próprio texto retirado de outros artigos é considerado autoplágio. Portanto, se for reaproveitar um excerto, faça a devida citação.
Para uma pesquisa ter valor científico, ela precisa:
É preciso que seu estudo agregue conhecimento e novas perspectivas, práticas ou abstratas, para seu campo epistemológico.
Uma pesquisa precisa ter como base autores da sua área de conhecimento. A fundamentação deve ser feita por meio de livros, coletâneas e outros artigos científicos. Materiais de apoio, como reportagens, vídeos, palestras e outros conteúdos podem ser utilizados, mas não devem ser as referências centrais.
As normas de formação acompanham os pesquisadores desde a graduação até a aposentadoria. Por isso, siga sempre à risca a ABNT ou a norma específica do periódico em questão.
Até que inventem outra forma de circulação científica, a escrita acadêmica é o grande meio de transportar suas ideias. Por esse motivo, a redação deve ser:
Fuja do coloquialismo e das palavras muito rebuscadas. Uma boa redação é simples, séria e de fácil compreensão.
Cada periódico possui um escopo que determina quais áreas e temáticas são aceitas. Por esse motivo, leia atentamente as diretrizes de publicação. A inadequação à proposta da revista leva à reprovação sumária do artigo científico, sem passar pela avaliação cega por pares
Um artigo repleto de erros de português, de digitação e de formatação indicam desleixo. Além de desagradável, torna-se um texto difícil de ser compreendido. Para te ajudar, leia esse post sobre revisão de textos acadêmicos.
O primeiro passo é não levar para o lado pessoal. Leia com atenção as considerações e ajuste seu texto antes de submeter novamente em outras revistas. É importante você esperar o call for papers das revistas ou enviar o artigo científico para aquelas que recebem submissões em fluxo contínuo.
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