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A carta de motivação, ou personal statement, é fundamental para o ingresso em programas de pós-graduação, tanto stricto sensu quanto lato sensu. Esse documento vai além do currículo ao revelar sua personalidade, suas motivações e suas metas científicas. Com processos seletivos cada vez mais competitivos, escrever uma carta que capture a atenção dos avaliadores pode ser o diferencial para garantir sua vaga.
A carta de motivação tem ganhado cada vez mais relevância em processos seletivos, devido à sua capacidade de revelar aspectos que vão além das notas e qualificações. Ela permite aos avaliadores compreenderem não apenas as conquistas profissionais, mas também as motivações pessoais por trás delas e a visão de futuro do candidato. De acordo com pesquisadores, tal documento serve para demonstrar habilidades intangíveis, como resiliência, curiosidade e determinação — qualidades fundamentais de um pesquisador [1, 2].
Além disso, a carta é uma oportunidade para destacar experiências e contextos que moldaram sua trajetória científica. Por exemplo, contar como uma dificuldade profissional foi superada pode evidenciar características como perseverança e inovação. Mais do que um resumo de realizações, a carta deve mostrar a conexão entre suas escolhas científicas, seus objetivos e o impacto que espera alcançar com sua pesquisa [2].
Outro ponto importante é a personalização. Avaliadores valorizam candidatos que dedicam tempo para mostrar como o programa se alinha com suas metas e seus interesses. Detalhar laboratórios, áreas de pesquisa e professores do programa demonstra interesse genuíno e aumenta significativamente as suas chances de admissão [1]. Vamos ver algumas estratégias para escrever uma carta de motivação impactante?
Primeiramente, estruture a sua carta da seguinte forma:
Seja autêntico: Mostre sua paixão pelo campo de estudo e como sua trajetória o levou a esse momento. Relate experiências pessoais ou profissionais que moldaram seu interesse na área [2].
Dê exemplos concretos: Explique suas escolhas e o impacto de suas ações. Por exemplo, descreva como um estágio ou projeto científico moldou sua visão científica e impulsionou seu desenvolvimento. Kelly Clancy, pós-doutoranda em neurociência na University College London, descreveu como um incidente de um amigo, que acabou perdendo três membros, levou-a a se interessar por dispositivos neuroprotéticos que podem restaurar as capacidades motoras [1].
Mostre objetivos claros: Vá além dos aspectos técnicos respondendo a perguntas como “Por que escolhi este campo?” e “Como este programa me ajudará a alcançar minhas metas?” [2]. Esses questionamentos podem ajudar a elaborar uma carta de motivação concisa e convincente. Além disso, mostre como sua pesquisa se alinha com os objetivos do programa ao qual está se candidatando. Se você está tentando ingressar, por exemplo, na Fulbright Scholarship — cujo objetivo é o intercâmbio cultural —, sua carta precisa refletir essa essência destacando oportunidades e trabalhos na sua carreira que envolveram ambições internacionais [3].
Personalize o texto: Inclua detalhes sobre o programa e os orientadores que admira. Demonstre que você fez sua lição de casa e entende como o curso se conecta aos seus objetivos [1]. Pesquise os projetos que estão em andamento e trabalhos relevantes dos docentes do programa e mencione-os em sua carta [4].
Finalmente, veremos algumas situações que devemos evitar ao escrever a carta de motivação.
Escrever motivações rasas: Respostas vagas ou genéricas podem fazer sua carta ser recusada. Explique sua motivação com profundidade e sinceridade. Segundo as recomendações da Universidade de Oxford, o candidato descreve sua trajetória acadêmico-científica de maneira direta e crua em diversos documentos na seleção. Na carta de motivação, você tem a chance de colocar esses fatos em contexto e mostrar o quanto progrediu [4].
Fazer generalizações: Frases amplas e genéricas como “Quero contribuir para a ciência” ou “Sempre tive interesse por pesquisa” enfraquecem o impacto do texto. Substitua-as por exemplos específicos que demonstrem seu interesse e sua dedicação, como projetos, experiências de campo ou mentorias que influenciaram sua trajetória [2].
Incluir informações irrealistas: Inflar suas conquistas ou reivindicar responsabilidades que não desempenhou pode causar uma impressão negativa. Seja honesto sobre suas realizações, destacando seu papel real nos projetos e as habilidades que desenvolveu. De acordo com a Harvard Business Review, se suas notas não foram altas em algum momento da sua formação, é mais fácil abordar isso na carta do que esperar que o avaliador ignore [3]. Faça desse “percalço” uma fonte de superação e desenvolva-o no seu texto. A autenticidade é mais valorizada do que a tentativa de impressionar.
Pular a revisão: Erros gramaticais, ortográficos ou de formatação demonstram descuido e podem comprometer sua integridade perante os avaliadores. Revise sua carta de maneira cuidadosa e, ainda, peça a mentores ou colegas para darem feedback antes de enviá-la [2].
Uma carta de motivação impactante é mais do que um documento; ela é sua voz no processo de seleção. Dedique tempo para planejar, estruturar e revisar sua carta, garantindo que ela reflita suas aspirações científicas e os aspectos que tornam você alguém único. Lembre-se, este é o momento de destacar não apenas o que você fez, mas também por que você fez e como pretende usar essa oportunidade para impactar positivamente a ciência.
Escrever uma carta de motivação pode ser desafiador, mas estamos aqui para ajudar. Na Atlas, oferecemos serviços de revisão e tradução para garantir que sua mensagem seja clara e impactante. Quer transformar sua carta em um diferencial competitivo? Entre em contato e veja como podemos ajudar você a alcançar seus objetivos científicos!
1. Tay A. Sell yourself and your science in a compelling personal statement. Nature. 2021; 593(7857):153–5. doi: 10.1038/d41586-021-01101-z.
2. Brian Rybarczyk. Sell yourself: Adding substance to your personal statement [Internet]. Science. Disponível em: https://www.science.org/content/article/sell-yourself-adding-substance-your-personal-statement
3. Gotian R, Neill US. How to Write a Strong Personal Statement [Internet]. Harvard Business Review. 2023. Disponível em: https://hbr.org/2023/02/how-to-write-a-strong-personal-statement
4. How to write a personal statement | How-to guides | University of Oxford [Internet]. Ox.ac.uk. 2024. Disponível em: https://www.ox.ac.uk/admissions/graduate/applying-to-oxford/how-to-guides/personal-statement
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