Técnicas de leitura: 5 dicas para ler como um cientista
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Descoberta de doenças, novas opções de energia limpa e tecnologias inovadoras. Todos esses assuntos têm algo em comum: a pesquisa científica. Desde as primeiras descobertas até as inovações mais recentes, o processo científico tem sido fundamental para o avanço da humanidade. Ela não apenas permite compreender os fenômenos naturais e sociais, mas também oferece ferramentas para resolver problemas complexos, que impactam a sociedade. Mas qual é a verdadeira importância da pesquisa científica e como ela influencia nossas vidas?
Já se perguntou como as descobertas ocorrem ou como novas invenções surgem? Tudo começa quando um pesquisador busca responder a uma pergunta, preenchendo uma lacuna de conhecimento [1]. “Pesquisa científica” é o termo que abrange todos os processos que visam encontrar respostas para uma questão por meio de uma abordagem sistemática, i.e., a busca pelo conhecimento científico e por suas novas aplicações [2].
Existem diversos tipos de pesquisa, cada uma desempenhando um papel no avanço do conhecimento e na prática científica. Por exemplo, as pesquisas laboratorial, translacional, clínica e populacional formam a base das ciências da saúde. Os ensaios clínicos randomizados destacam-se como uma das principais abordagens metodológicas para avaliação dos resultados, embora sejam frequentemente limitados por questões éticas, econômicas e sociais [2]. Além disso, a pesquisa pode ser quantitativa ou qualitativa: a primeira procura descrever um fenômeno por meio de métricas, e a segunda utiliza uma rica coleta de dados de várias fontes para obter uma compreensão mais aprofundada do assunto [3]. São abordagens que, embora distintas, complementam-se na busca por respostas, combinando análises numéricas e humanas [2]. Contudo, sem o devido incentivo e motivação, até mesmo as pesquisas mais bem estruturadas podem perder seu impacto — o que evidencia a importância de uma gestão eficiente e engajada nos projetos de pesquisa.
A pesquisa científica é um dos principais motores do progresso. Na saúde, por exemplo, avanços significativos só foram possíveis graças a descobertas que contaram com uma rigorosa metodologia de pesquisa. Pode-se citar o uso da terapia hormonal no tratamento do câncer de próstata, desenvolvido a partir das pesquisas de Huggins e Hodges [4]. Esse estudo redefiniu abordagens terapêuticas, salvando vidas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, novas tecnologias, como a cirurgia assistida por robótica, capaz de fornecer maior precisão e estabilidade em procedimentos complexos, só se tornou possível devido à pesquisa científica [5, 6].
A pesquisa promove a inovação e ajuda a estabelecer diretrizes e políticas públicas. Em relação ao avanço da inteligência artificial — um assunto muito comentado atualmente —, cientistas e pesquisadores não apenas investigam formas de aperfeiçoar a ferramenta, mas também promovem debates e discussões pertinentes sobre o papel da IA na vida do ser humano, além dos limites aceitáveis de sua aplicabilidade [7]. Agora que entendemos o impacto da pesquisa no progresso científico, é importante explorarmos como ela se traduz no desenvolvimento de habilidades e no crescimento pessoal e profissional dos cientistas.
Vale ressaltar também como a pesquisa científica desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das habilidades essenciais para a formação de novos pesquisadores e profissionais. Em programas de mestrado e doutorado, os alunos precisam conduzir investigações aprofundadas, a fim de produzir pesquisas que contribuam para o avanço do conhecimento [2]. Ao longo desse processo, eles desenvolvem habilidades como pensamento crítico, análise conceitual e resolução de problemas, e elas os preparam para enfrentar problemas complexos tanto no ambiente científico quanto no mercado de trabalho [8].
Além disso, a pesquisa científica oferece a oportunidade de trabalhar de forma colaborativa, já que muitos projetos necessitam de cooperação entre pesquisadores de diferentes áreas. Essa interdisciplinaridade não só enriquece as investigações, como também promove a troca de ideias e experiências [9, 10]. Sendo assim, os pesquisadores expandem seus próprios horizontes e aplicam novos métodos em suas próprias investigações.
A participação em projetos de pesquisa científica também os prepara para cargos futuros, principalmente em setores que demandam alta capacidade analítica e criativa. A combinação de habilidades práticas e teóricas adquiridas durante o processo de pesquisa transforma os estudantes em profissionais aptos a lidar com diversos desafios profissionais.
A experimentação é um dos pilares centrais da pesquisa científica, permitindo que teorias sejam testadas e que hipóteses sejam validadas ou refutadas. Por meio de experimentos, cientistas conseguem não apenas confirmar descobertas, mas também aprimorar práticas e desenvolver novas abordagens. No campo da ciência aplicada, a experimentação é essencial para o avanço do conhecimento, bem como atesta a credibilidade do tópico investigado [11].
Um exemplo é o uso de ensaios clínicos randomizados para testar a segurança e a eficácia de novos medicamentos e tratamentos [12]. Esses estudos permitem que os pesquisadores identifiquem efeitos colaterais e ajustem suas abordagens antes que um tratamento seja disponibilizado ao público. Além disso, a análise desses experimentos possibilita que se estabeleçam relações causais e associativas, e isso assegura que as conclusões sejam baseadas em evidências confiáveis [13].
A validação científica, por sua vez, garante que as descobertas, feitas em laboratório ou em estudos de campo, sejam aplicáveis e eficazes. Esse processo inclui a replicação de experimentos, o uso de métodos padronizados e a revisão por pares, que asseguram a qualidade e a integridade dos resultados [2]. Somente após essa etapa de validação é que as descobertas científicas podem ser implementadas com segurança, desde novos tratamentos a políticas públicas.
Publicar suas descobertas é essencial para consolidar sua carreira científica. Na Atlas, entendemos a importância de uma comunicação clara e impecável de suas ideias. Por isso, oferecemos suporte completo na tradução de artigos, na revisão de textos acadêmico-científicos e na formatação, garantindo que suas pesquisas sejam apresentadas com excelência. Nossa equipe especializada também auxilia na escolha dos periódicos científicos mais adequados para publicar seus estudos. Quer levar sua pesquisa ao próximo nível e se destacar no universo científico? Fale conosco e descubra como podemos ajudar a transformar seu trabalho em resultados impactantes!
1. Project Brain Light. What is science research? [Internet]. Project Brain Light; 2024 [acesso em 5 out 2024]. Disponível em: https://encurtador.com.br/gv6Cc
2. Dellis A, Skolarikos A, Papatsoris AG. Why should I do research? Is it a waste of time? Arab Journal of Urology. 2014 Mar 1; 12(1):68–70. doi: 10.1016/j.aju.2013.08.007.
3. Nassaji H. Qualitative and descriptive research: Data type versus data analysis. Language Teaching Research [Internet]. 2015 Feb 26;19(2):129–32. doi: 10.1177/1362168815572747
4. Benadada F, Saad F, Delouya G, Taussky D. Charles Brenton Huggins: A historical review of the Nobel laureate’s pioneering discoveries. Cancer [Internet]. 2023 Dec 26. doi: 10.1002/cncr.35173
5. Howe RD, Matsuoka Y. Robotics for Surgery. Annual Review of Biomedical Engineering. 1999 Aug; 1(1):211–40. doi: 10.1146/annurev.bioeng.1.1.211
6. Camarillo DB, Krummel TM, Salisbury JK. Robotic technology in surgery: past, present, and future. The American Journal of Surgery. 2004 Oct; 188(4):2–15. doi: 10.1016/j.amjsurg.2004.08.025.
7. Braun J von, Archer MS, Reichberg GM, Sánchez Sorondo M. AI, Robotics, and Humanity: Opportunities, Risks, and Implications for Ethics and Policy. Robotics, AI, and Humanity. 2021;1–13. doi: 10.1007/978-3-030-54173-6_1.
8. Hernandez PR, Woodcock A, Estrada M, Schultz PW. Undergraduate Research Experiences Broaden Diversity in the Scientific Workforce. BioScience [Internet]. 2018 Mar 1;68(3):204–11. doi: 10.1093/biosci/bix163
9. Joynson C, Leyser O. The culture of scientific research. F1000Research. 2015 Mar 13; 4:66. doi: 10.12688/f1000research.6163.1.
10. Mazzocchi F. Scientific research across and beyond disciplines. EMBO reports [Internet]. 2019 Apr 30;20(6). doi: 10.15252/embr.201947682
11. Palazzani L. Scientific Research and Experimenting on Human Beings. Innovation in Scientific Research and Emerging Technologies. 2019;1–22.
12. Vallejo MGSA, Ramirez M, Gurumendi I, Perdomo T. Importance of Research and Drafting in the Scientific Production of the Health Area. International Journal of Research – GRANTHAALAYAH. 2020 Jun 3; 8(1):83–9. doi: 10.29121/granthaalayah.v8.i1.2020.251.
13. Experiments. Series in machine perception and artificial intelligence. 2019 Jul 24;129–97. doi: 10.1016/j.cogr.2023.04.001
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